domingo, 12 de julho de 2009

A COPA É NOSSA! E A ESCOLA PÚBLICA DE QUEM É?

O povo brasileiro festeja a realização da copa do mundo de futebol no Brasil em 2014. Esporte, mania nacional, leva ao delírio milhares de pessoas. Na copa do mundo então, é só alegria e muita festa. Porém, o que dizer ou fazer pelo direito universal à educação escolar dos brasileiros e brasileiras?

Segundo estudos da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base serão investidos nos próximos quatros anos, R$ 110 bilhões para a realização da copa do mundo de futebol no Brasil. Nesse mesmo período deverão ser aplicados, no máximo, com o acompanhamento e muita pressão das entidades de trabalhadores/as em educação do País, R$ 40 bilhões de repasse do Governo Federal para a educação básica nos Estados e Municípios.


É justo que a mania nacional receba um investimento bem maior, quase o triplo, em detrimento ao direito universal à educação?
Em Pernambuco, a campanha publicitária do Governo do Estado dizia que: “Alegria é Pernambuco na copa, um grande gol de placa, vamos comemorar. A copa do mundo é nossa, Pernambuco de raça é a nossa torcida pra melhorar nossa vida, para vencer e brilhar.”

Ora, no Estado convivemos diariamente na área da educação com os seguintes problemas:- Um milhão cento e trinta nove mil oitocentos e vinte e nove seres humanos analfabetos;- Um milhão oitocentos e setenta e nove mil cento e setenta e sete pessoas analfabetas funcionais;- 25,79% das pessoas de 0 a 17 anos de idade não freqüentam escola ou creche;- Um milhão seiscentos e vinte e quatro mil famílias com crianças de 0 a 6 anos de idade e rendimento familiar per capita de até meio salário mínimo;- Professores e Professoras, com formação superior, recebendo o pior salário do País.
O Governo, entretanto, tem como primeira medida para viabilizar os jogos da copa do mundo, o envio do projeto de lei nº 1093/2009 que “dispõe sobre a concessão de isenção de tributos estaduais referentes a fatos geradores relacionados às competições da Copa das Confederações da Fédération Internationale de Football Association - FIFA de 2013 e da Copa do Mundo da FIFA de 2014”, ou seja, os empresários NÃO pagarão os seguintes impostos: “I – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; II – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ICD; III – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA; IV – Taxas”.

Logo, a educação ficará sem arrecadar os 25% determinados pelas Constituições Federal e Estadual dos investimentos relacionados à copa do mundo da FIFA. Diante do exposto surgem os seguintes questionamentos: Será que os investimentos nos jogos da copa do mundo vão realmente melhorar nossas vidas? É um investimento que beneficiará os mais pobres ou as famílias dos grandes empresários que irão colocar seu dinheiro na roda? Quem vai ganhar mais? Em que os referidos investimentos mudarão o quadro educacional do nosso estado?

A copa pode até ser nossa, mas o que desejamos de verdade é um maior investimento na formação de uma sociedade letrada, instruída, com o mais alto nível do conhecimento. Sonhamos e lutamos por uma escola pública com qualidade social. Direito de todos e todas e Dever do Estado.

Professor Heleno Araújo FilhoPresidente do SINTEPE eSecretário de Assuntos Educacionais da CNTE

COMUNICADO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO - SINTEPE

Comunicamos aos estudantes, pais, mães ou responsáveis e a população pernambucana, que os trabalhadores e as trabalhadoras em educação da rede estadual de ensino estão em GREVE.
O governo do estado recebeu a pauta de reivindicações da categoria, no dia 25 de março de 2009, e até o momento não apresentou o percentual de reajuste salarial.
É importante informar que NÃO é a greve que prejudica os estudantes no ENEM, como afirmou o jornal Diário de Pernambuco no dia 7 de julho, mas a falta de professores/as e funcionários/as administrativos/as nas escolas públicas, porque até a presente data o governo não convocou os/as aprovados/as no concurso público para trabalhar, deixando escolas e estudantes desassistidos.
Atualmente o/a professor/a com formação de nível superior (quatro anos de estudos em uma faculdade) recebe o valor de R$ 762,00. O governo afirma estar pagando o piso salarial, quando na realidade descumpre a Lei Nacional.
Diante desses fatos, perguntamos: Qual o/a profissional que se sente motivado/a com esse tratamento?
Como educadores/as, também temos família, compromissos e não nos alimentamos e mantemos a mesma com notbooks, jornais, revistas, livros, nem com promessa de que pagará um prêmio salarial (14º salário) uma vez por ano. Necessitamos de salário digno, pago mensalmente e atualizado anualmente, como determina a Constituição Federal do Brasil.
Portanto, devido ao NÃO cumprimento integral da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional do/a professor/a, ESTAMOS EM GREVE POR UMA VERDADEIRA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL.
Estamos nesta quarta é quinta-feira visitando os locais de trabalho e faremos assembleia na sexta, 14h, dia 10 de julho, em frente a Secretaria de Educação, para deliberarmos sobre os rumos do movimento.

sábado, 13 de junho de 2009

TURMA 21 DE ADMINISTRAÇÃO DO SENAI

Obrigado Jefferson por prestigiar o blog. Em breve, postarei alguns dos conteúdos que serão vivenciados ao longo da disciplina Comunicação Oral e Escrita. Sempre que possível, dê uma verificada, pois pode ajudar na compreensão dos mesmos. Espero que mais alunos visitem, pois assim fico na obrigação de manter o blog atualizado.

Aquele Abraço

INSCRIÇÃO PARA O ENEM

Começam amanhã as inscrições para o ENEM. As provas serão realizadas nos dias 3 e 4 de outubro. As inscrições vão até o dia 17 de julho e serão feitas exclusivamente pela internet, pelo endereço: http://enem.inep.gov.br/inscricao.
Não deixem para última hora. Atenção: para fazer a inscrição é necessário ter CPF.

Aquele Abraço!

quinta-feira, 19 de março de 2009

PARA REFLETIR

“O muito ler não faz o homem nem mais sábio nem mais culto, se o que ele lê não é absorvido e transformado pela sensibilidade e pela inteligência. Há umas bocas de garganta que devoram tudo, mas não assimilam nada: com essas leituras devorantes, quando muito é a memória que engorda, mas o espírito continua jejuno”.

(Olívio Montenegro)

LEMBRAM DESSA?

A Baposa e o Rode
Millôr Fernandes

Por um azino do destar, uma rapiu caosa, certo dia, num pundo profoço, do quir não consegual saiu. Ub mode, passi por alando, algois tum depempo e vosa a rapendo foi mordade pela curiosidido. "Comosa rapadre" -- perguntou -- "que ê que vocé esti faza aendo?". "Voção entê são nabe?" respondosa a mapreira rateu. "Vem aí a mais terrêca sível de tôda a histeste do nordória. Salti aquei no foço dêste pundo e guardarar a ei que brotágua sim pra mó. Mas, se vocér quisê, como e mau compedre, per me fazia companhode". Sem pensezes duas var, o bem saltode tambou no pundo do foço. A rapaente imediatamosa trepostas nas coulhes, apoifre num dos chides do bou-se e salfoço tora do fou, gritando: "Adrade, compeus".
MORAL: Jamie confais em quá estade em dificuldém.


A Raposa e o Bode

Por um azar do destino, uma raposa caiu num poço profundo do qual não conseguiu sair. Um bode, passando por ali, depois de algum tempo e, vendo a raposa, foi mordido pela curiosidade. Comadre raposa – perguntou – o que é que você está fazendo aí? Então você não sabe? Vem aí a mais terrível seca de toda história do nordeste. Saltei aqui no fundo deste poço e guardarei a água que brotar só pra mim. Mas, se você quiser, como é meu compadre, pode me fazer companhia. Sem pensar duas vezes, o bode também saltou no fundo poço. A raposa imediatamente trepou-lhe nas costas apoiou-se num dos chifres e saltou fora do poço gritando: “Adeus compadre”.
MORAL: Jamais confie em quem está em dificuldade.


Spoonerismo - É um trocadilho em que ocorre uma troca de sons entre duas palavras, como transformar bola de gude em gula de bode. Seu nome vem de W. A. Spooner, um desastrado pregador britânico que ficou famoso por esses lapsos involuntários. Millôr tem uma hilariante versão da fábula do bode e da raposa, intitulada " A baposa e o rode ", totalmente escrita em spoonerismos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SEJAM BEM-VINDOS

Olá alunos do Doutor Adílson,

Espero que vocês possam usufruir ao máximo deste blog, pois ele foi feito especialmente para vocês. Em breve, postarei informações sobre o PSS (Processo Seletivo Seriado) para que os interessados em fazer o vestibular por etapas não fiquem desinformados e corram o risco de perder a data de inscrição.
Fiquem atentos! Nossas aulas continuarão sendo postadas neste espaço.

ORTOGRAFIA - Emprego de algumas letras

Ortografia (do grego ortho = correto; grafia = escita) é o estudo da correta grafia das palavras, segundo os padrões cultos da língua.


USA-SE S:

1. Após ditongos: aplauso, causa, coisa, pouso, paisagem, náusea, lousa;

2. No sufixo -inho (a) quando a palavra primitiva contém s: lapisinho, Luisinho;

3. Nos sufixos -ês, -esa, -isa, na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão estado social, títulos honoríficos: chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa, princesa, consulesa, sacerdotisa, português, francês;
Exceção: alteza

4. Nos sufixos -oso e -osa (que significam “cheio de”), usados na formação de adjetivos: delicioso, gelatinosa, bondoso, atenciosa;
Exceção: gozo

5. Nas formas dos verbos pôr e querer: pus, pusesse, quis, quisesse;

6. Em nomes próprios femininos: Teresa, Andresa, Neusa, Edileusa, Luísa;
Exceção: Luzia, Luzinete

7. Nas palavras derivadas de outras que já possuem S: casa – casado, casamento, casório; preso – presídio, presidiário; visão – visionário, visível;

8. Junto do sufixo -ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém S:
análise – analisar; pesquisa – pesquisar;
Exceção: catequese-catequizar, hipnose-hipnotizar, síntese-sintetizar.

9. No elemento “ENSE” (adjetivo): cearense, piauiense, santa-cruzense;

10. Em palavras derivadas de verbos em que no radical existe o grupo ND, RG, RT, PEL, CORR:
CompreeNDer / compreensão, aspeRGir / aspersão, inveRTer / inversão, ImPELir / impulso, conCORRer / concurso, perCORRer / percurso

11. Usa-se SS em verbos derivados de infinitivo em que existe no radical o grupo ou a terminação CED, GRED, PRIM, METER, TIR:
interCEDer / intercessão, proGREDir / progresso, imPRIMir / impresso, reMETER / remessa, discuTIR / discussão, proMETER / promessa.
12. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e –ose:
Fase,crase, tese, osmose.
Exceção: gaze e deslize.

USA-SE Z:

1. Nas palavras derivadas de outras que já possuem Z:
deslize-deslizar; cruz-cruzar, cruzamento;

2. Nos substantivo abstratos terminados em -ez e -eza derivados de adjetivos:
belo-beleza; nobre-nobreza; escasso-escassez; surdo-surdez; pobre-pobreza;

3. Nos verbos terminados em -izar quando o vocábulo primitivo não contiver S:
real-realizar; colono-colonizar; escândalo-escandalizar; sinal-sinalizar; útil-utilizar;

4. Nos elementos ZINHO, ZITO, ZADA e ZEIRO, se a palavra primitiva não apresenta s no radical: leãozinho, pãozito, mãozada, buritizeiro, pezada, Zezito;

Obs: Não se escreve a letra Z geralmente no final das palavras paroxítonas e proparoxítonas: Gomes, Álvares, etc.

USA-SE X:

1. Depois da sílaba inicial me:
Mexer, mexilhão, mexicano, mexerica Exceção: mecha;

2. após ditongos: feixe, baixo, caixa, faixa, frouxo, eixo, peixe, queixo, seixo;
Exceção: recauchutar, guache

3. Após a sílaba inicial en:
enxada, enxame, enxaqueca, enxergar, enxerido, enxoval, enxugar, enxurrada.
Exceção: encharcado, enchova encher e derivados (enchimento, preenchido) e palavras iniciadas com CH que ganham o prefixo EN (EN+CHOURIÇO+AR);

4. Em palavras de origem africanas ou indígenas:
Abacaxi, capixaba, enxu, macaxeira, pixaim, xará, xique-xique;

5. as palavras aportuguesadas do inglês trocam o SH original porX:
xampu (shampoo), xerife (sheriff)


USA-SE CH:

1. Em palavras derivadas de outras que são iniciadas por CH:
charco – encharcado chapa – chapéu

2. Geralmente em palavras iniciadas por CHAM, CHAL:
chaminé, Chapanha, chamego, chalé, chaleira, chalaça.

Usa-se ç (cê cedilhado) ou c:

1. Nos vocábulos de origem árabe, tupi e africana:
açaí, Ceci, Juçara, paçoca, miçanga, cacimba, caçula, Moçoró, caiçara;
Obs: A grafia Mossoró hoje está oficializada.

2. Nos sufixos -aça, -aço, -iça, -iço, -nça, uca-uço:
barcaça, golaço, preguiça, ouriço, esperança, dentuça, calabouço;
3. Após ditongos: beiço, coice, foice, refeição, louça, traição, feição;

4. Em palavras derivadas de outras que terminam em TO, TOR, TIVO:
ato-ação; seleto-seleção; ereto-ereção; isento-isenção; exceto-exceção; setor-seção; redator-redação; intuitivo-intuição.
5. Em palavras derivadas de compostos do verbo TER:
ater-atenção; abster-abstenção; reter-retenção; conter-contenção;

6. Em substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo):
Educar-educação; exportar-exportação; repartir-repartição.

7. Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em –ce:
Alcance-alcançar; lance-lançar.
USA-SE G:

1. Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio:
Adágio, colégio, litígio, relógio, refúgio;

2. Nas palavras terminadas em -gem:
Ferrugem selvagem, massagem, malandragem. Exceção: pajem, lambujem;

3. Nas palavras derivadas de outras já grafadas com G:
tingir, tingido, tingimento, fingir, fingido fingimento;

Obs: viagem = substantivo / viajem = verbo:
Espero que eles viajem tranqüilos. Que façam uma boa viagem.

USA-SE J:

1. Nas palavras de origem tupi, indígena e africana:
Canjica, jabuticaba, jia, jiló, jenipapo, jerimum, berinjela, pajem, jibóia Moji, pajé;
Obs: Por tradição usa-se g em : Mogi das Cruzes, Mogi-mirim, Sergipe

2. Nos verbos terminados em -jear:
Granjear, gorjear, lisonjear;

3. Nas palavras derivadas de outras já grafadas com J:
laje, lajedo, lajeado, majestade, majestoso, lisonja, lisonjeiro.

domingo, 4 de janeiro de 2009

As mudanças do acordo ortográfico (português do Brasil)

1. O retorno das letras “k”, “w” e “y”É na verdade um retorno oficial, pois elas de fato nunca deixaram de fazer parte do nosso alfabeto. Basta consultar nossos principais dicionários e ver que todos registram verbetes com “k”, “w” e “y”. E não há nenhuma mudança quanto ao emprego delas, que continuam a ser usadas:a) na grafia de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);b) na grafia de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, yin, yang, Washington, William, Kennedy, Kafka, kafkiano, kardecista.

2. O fim do tremaO trema deixa de ser usado. Ele, porém, permanece nos nomes próprios estrangeiros e em seus derivados: Hübner, hübnerita.

3. Novas regras de acentuação- As palavras paroxítonas com os ditongos abertos “ei” e "oi" perdem o acento. Como é: idéia, geléia, bóia, apóie, apóiem, apóio (verbo), asteróide, heróico. Como será: ideia, geleia, boia, apoie, apoiem, apoio, asteroide, heroico.

Atenção: permanece o acento das palavras terminadas em “éis”, “éu(s)” e “ói(s)”: papéis, céu, troféus, dói, heróis.- O acento do “i” e do “u” tônicos precedidos de ditongo, em palavras paroxítonas, deixa de ser usado. Como é: baiúca, feiúra, cauíla. Como será: baiuca, feiura, cauila.Observação: O acento permanece em palavras oxítonas: Piauí, tuiuiú.- O circunflexo das palavras terminadas “oo” e “eem” deixa de ser usado: voo, abençoo, creem, deem, leem e veem.-

O acento diferencial de “pára” (verbo), “pêlo”, “pélo”, “pêra” e “pólo” desaparece. O correto passa a ser “para”, “pelo”, “pelo”, “pera” e “polo”.Atenção: o acento de “pôr” e “pôde” permanece.- O acento agudo de verbos como “apaziguar”, “averiguar”, “argüir” e “redargüir” deixa de ser usado. Como é: apazigúe, averigúem, argúem, redargúi. Como será:a)

Alguns verbos terminados em guar, quar e quir, como "aguar", "averiguar", "apaziguar", "desaguar", "enxaguar", "obliquar","delinqüir", admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e do imperativo. Nesse caso, duas grafias serão aceitas: se a tonicidade recair no "u", não haverá acento: aguo, enxague, delinquem; se a tonicidade recair nas vogais "a" ou "i" da sílaba anterior, elas serão acentuadas: águo, enxágue, delínquem.b) O “u” tônico de argüir e redargüir deixará de ser acentuado nas formas (tu) arguis/ redarguis, (ele) argui/ redargui, (eles) arguem/ redarguem.

4. Novas regras do hífen- Prefixos e falsos prefixos se ligam com hífen a palavras iniciadas por “h”: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, sub-hepático, sub-humano, super-homem, ultra-humano.Algumas exceções – palavras formadas pelos prefixos des-, in- e re-: desumano, desumidificar, inábil, inumano, reidratar, reidratação, reabilitar.

- Se o prefixo termina por vogal e o segundo elemento começa pela mesma vogal, usa-se o hífen: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, auto-observação, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas, micro-ônibus, micro-organismo, para-atleta, semi-internato, semi-interno.Exceção – o prefixo “co”: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante.

- Se o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento, não se usa o hífen: aeroespacial, agroindustrial, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual.

- Se o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”, não se usa o hífen: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudomédico, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.

- Se o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”, além de não haver hífen, dobram-se essas letras: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, georreferência, microssistema, minissaia, microrregião, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, ultrassom.

- Se o primeiro elemento termina por consoante igual à que inicia o segundo, usa-se o hífen: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, mal-limpo, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

- Se o prefixo termina em consoante diferente da que inicia o segundo elemento, não se usa o hífen: hipermercado, intermunicipal, superproteção, subchefe, subsede.

- O prefixo “sub-” se liga com hífen a “b”, “h” e “r”: sub-bloco, sub-humano, sub-hepático, sub-região, sub-reino. - Os prefixos “circum-” e “pan-” se ligam com hífen a vogal, “h”, “m” e “n”: circum-escolar, circum-navegação, pan-americano, pan-mágico, pan-negritude.

- Se o prefixo termina em consoante e o segundo elemento começa por vogal, não se usa o hífen: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo.

- Os prefixos “ex-”, “além-”, “aquém-”, “recém-”, “sem-”, “pós-”, “pré-”,“pró-” e “vice-” ligam-se com hífen ao elemento seguinte: além-mar, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, pró-reforma, recém-casado, recém-nascido, sem-terra, sem-teto, vice-governador, vice-presidente.

-Usa-se o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani “-açu”, “-guaçu” e“-mirim” quando o primeiro elemento termina em vogal acentuada graficamente ou em tônica nasal: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu, Ceará-Mirim, paraná-mirim.

-Não se usa o hífen em palavras que perderam a noção de composição: catavento, girassol, madressilva, mandachuva, paralama, paraquedas, paraquedista, pontapé, vagalume.Observação: Como o texto do acordo é muito vago, considere, neste primeiro momento, apenas essas palavras como as que “perderam a noção de composição”.

- A regra de “bem” com hífen não muda, continuaremos grafando “bem-humorado”, “bem-sucedido”, “bem-visto”. No entanto, algumas palavras perderão o hífen e ficarão unidas ao termo seguinte com o “m” virando “n”. Ei-las: benfeito, benquerer e benquerido.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Dissertação
Como escrever esse tipo de redação

Professora Marleine Ferreira de Toledo

A dissertação é o gênero de texto exigido dos vestibulandos em grande parte dos vestibulares do país - ou seja, se você quer garantir sua vaga em uma universidade, dificilmente vai conseguir escapar de aprendê-la.A professora Marleine de Toledo, formada em direito e letras pela USP, dá dicas sobre o assunto:

Como fazer uma boa dissertação?

A dissertação exige amadurecimento no assunto tratado, conhecimento da matéria, pendor para a reflexão, raciocínio lógico, potencial argumentativo, capacidade de análise e de síntese, além do domínio de expressão verbal adequada e de estruturas lingüísticas específicas.

Como começar uma dissertação?

Normalmente, o aluno de redação manifesta sua angústia: "Não sei como iniciar". Não sabe como iniciar, porque não sabe como desenvolver e como concluir, simplesmente porque não organizou um plano. Nas palavras de Boaventura, "o plano é o itinerário a seguir: 'um ponto de partida', onde se indica o que se quer dizer, e 'um ponto de chegada', onde se conclui. Entre os dois, há as etapas, isto é, as 'partes' da composição. Construir o plano é, em última análise, estabelecer as divisões".

Como estruturar uma dissertação?

No livro "Como Ordenar as Idéias", Edivaldo M. Boaventura resume muito bem aquilo que o bom-senso diz a respeito de todo o texto escrito: "A arte de bem exprimir o pensamento consiste em saber ordenar as idéias.

E como se ordenam as idéias?

Fazendo a previsão do que se vai expor". É preciso pensar nas partes do seu texto.Como você resumiria essas "partes" da argumentação?A argumentação deve iniciar-se com a apresentação clara e definida do tema ou do juízo que se tem em mente e irá ser comprovado. A "segunda parte" da argumentação destina-se a oferecer as provas ou argumentos que confirmem a tese. É comum colocarem-se os argumentos em ordem crescente de importância. A "terceira fase" consiste em exibir contra-provas ou contra-argumentos e refutá-los, isto é negá-los. Na "última parte", ou síntese recapitulam-se os argumentos apresentados e conclui-se, com a reafirmação da tese.
Pode-se dizer que a argumentação é uma demonstração?Se um limite da argumentação é a dissertação expositiva, o outro é a demonstração. Para Tércio Sampaio Ferraz Júnior, jurista e filósofo do direito, a demonstração fundamenta-se na idéia de evidência, que é a força perante a qual todo pensamento do homem normal tem de ceder. Assim, no raciocínio demonstrativo, toda prova consiste em uma redução à evidência. Já a argumentação abrange as "técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses" que lhes são apresentadas. Portanto, como dizem Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca em seu "Tratado da Argumentação - A Nova Retórica", não se deve confundir "os aspectos do raciocínio relativos à verdade e os que são relativos à adesão".

O que é dissertação argumentativa?

Na verdade, há dois tipos de dissertação. Podemos falar em dissertação expositiva, em que se expressam idéias sobre determinado assunto, sem a preocupação de convencer o leitor ou ouvinte. Já a dissertação argumentativa implica a defesa de uma tese, com a finalidade de convencer ou tentar convencer alguém, demonstrando, por meio dea evidência de provas consistentes, a superioridade de uma proposta sobre outras ou a relevância dela tão-somente.

Mais especificamente, o que é argumentação?

Uma argumentação é uma declaração seguida de provas. Pierre Oléron define o ato de argumentar como: "método pelo qual uma pessoa - ou um grupo - intenta levar um auditório a adotar uma posição através do recurso a apresentações ou a asserções - argumentos - que visam mostrar a validade ou fundamento daquela".

Qual a diferença entre argumentação e dissertação?
Nenhuma. A argumentação é uma dissertação com uma especificidade, a da persuasão. Dissertando apenas, podemos expor com neutralidade idéias com as quais não concordamos. Por exemplo, um professor de filosofia que não concorde com as idéias de Karl Marx pode expô-las com isenção, dissertando sobre elas. Mas se for um marxista convicto e quiser influenciar seus discípulos, tentará provar-lhes, com raciocínios coerentes e argumentos convincentes, que essas idéias são verdadeiras e melhores: estará, então, argumentando.

O que é preciso para argumentar?

Para argumentar é preciso, em primeiro lugar, saber pensar, encontrar idéias e concatená-las. Assim, embora se trate de categorias diferentes, com objetos próprios, a argumentação precisa ter como ponto de partida elementos da lógica formal. A tese defendida não se impõe pela força, mas pelo uso de "elementos racionais" - portanto toda argumentação "tem vínculos com o raciocínio e a lógica", como disse Oléron na obra já citada.